Procupação maior é com agricultores familiares e comunidades indígenas
por Globo Rural On-Line
(Em Roraima, helicoverpa armígera tem atacado lavouras de soja, milho e feijão. Combate terá ação conjunta de autoridades e Embrapa - Foto: Editora Globo)
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e autoridades de Roraima farão uma ação conjunta para combater a helicoverpa armígera, que tem atacado lavouras no estado. De acordo com a Embrapa, a presença da lagarta foi confirmada em julho em plantações de soja, milho e feijão nos municípios de Boa Vista e Bonfim.
A Defesa Agropecuária do estado ficará responsável pelo levantamento das áreas atingidas pela praga. À Embrapa, caberá o apoio técnico com a capacitação de quem vai atual no controle da incidência da lagarta nas lavouras.
“Em Roraima, os dados sociais aos pequenos agricultores e às comunidades indígenas são as principais preocupações”, informa o comunicado da Embrapa. “Existem 40 mil famílias na agricultura familiar que devem ser assistidas por não terem condições de tratarem da praga sozinhas”, complementa mencionando a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado (Fetag/RR).
Ainda segundo a Embrapa, a primeira suspeita da presença da lagarta apareceu no início deste ano em uma plantação de feijão. Pesquisadores estiveram nas lavouras, coletaram amostras e enviaram para análise. Por processo de identificação de DNA, foi confirmado ser a helicoverpa armígera.
O monitoramento deve ser frequente, explica a pesquisadora Elisângela Fidelis. Detectada a presença da lagarta, o manejo deve envolver controle químico e biológico, com o uso de baculovírus ou parasitoides como o Trichogramma. Para quem não teve a lavoura atacada, a recomendação é monitorar e manter contato com a Embrapa.
“Essa lagarta ataca várias espécies de interesse econômico, como soja, algodão, feijão, milho e tomate. Além disso, tem elevada capacidade de reprodução e sobrevivência; potencial de desenvolvimento de resistência a inseticidas; alta capacidade de dispersão e de adaptação a diferentes ambientes, por isso é tão perigosa”, diz Elisângela no comunicado.
Fonte: Revista Globo Rural
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