domingo, 20 de outubro de 2013

Artistas cobram mais sustentabilidade do Mc´Donalds brasileiro

Campanha pede que a rede de fast-food se comprometa com a extinção das celas de gestação para as porcas reprodutoras

por Globo Rural On-line
 Reprodução/Youtube
(A ex-VJ Ellen Jabour no vídeo da campanha - Reprodução: YouTube)

A modelo e ex-VJ Ellen Jabour, o ator da TV Record Eduardo Pires e a atriz global Thaila Ayala lançaram uma campanha na Change.org, um dos maiores portais de petições do mundo, pedindo que a rede de fast-food McDonald’s se comprometa com a abolição do uso de celas de gestação para porcas reprodutoras, uma prática considerada demasiadamente cruel por especialistas de bem-estar animal e proibida em alguns países. No ano passado, a rede se comprometeu com a mudança nos Estados Unidos, mas ainda não estendeu essa política ao Brasil.

“A produção industrial de carne suína no Brasil é extremamente cruel com os animais. Nós ficamos horrorizados ao descobrir que grande parte das porcas reprodutoras passam praticamente suas vidas inteiras presas em celas de gestação, cubículos tão pequenos onde elas mal podem se mover”, declararam os artistas. “Nos Estados Unidos o McDonald’s já se comprometeu a abolir essas celas, admitindo publicamente que elas ‘não são um sistema de produção sustentável’ e cobrando essa mudança dos seus fornecedores. Já passou da hora deles fazerem o mesmo aqui”, completam os famosos.

Os artistas também gravaram um vídeo para incentivar o público a engrossar a campanha pelo fim das práticas cruéis na produção de alimentos.                

Segundo a Arca Brasil, uma das maiores ONGs de proteção animal do país e responsável pela ação com os artistas, a maioria dos produtores de suínos em escala industrial no Brasil usa as celas de gestação, gaiolas de metal que têm praticamente o mesmo tamanho do corpo dos animais. As porcas são submetidas a ciclos repetidos de inseminação e passam praticamente suas vidas inteiras confinadas em tais celas, que as impedem até mesmo de se virar ou dar mais do que um passo para frente ou para trás.

“O McDonald’s tem que ser coerente e adotar no Brasil os mesmos padrões éticos e de bem-estar animal que já tem nos EUA. As pesquisas são claras: a grande maioria dos consumidores brasileiros se importa com a questão e não quer que os animais sejam maltratados durante a produção de alimentos”, afirmou Marco Ciampi, presidente da Arca.

O comprometimento com o abandono do uso de celas de gestação é um tema que ganha cada vez mais relevância também no setor corporativo dos EUA. Nos últimos três anos, mais de 60 empresas líderes de mercado no setor varejista e alimentício no país anunciaram políticas de sustentabilidade comprometidas com a eliminação dessa prática em suas cadeias de fornecimento. Algumas dessas empresas são: Burger King, McDonald’s, Subway, Costco e Compass Group (representado pela empresa GRSA no Brasil). Associações de produtores suínos da Austrália e África do Sul também já se comprometeram a restringir o confinamento contínuo de porcas em celas até 2020. O governo do Canadá agora discute uma proibição nacional.

A petição pode ser acessada no link www.change.org/porcas .

Fonte: Revista Globo Rural (Brasil).

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